A Prefeitura de Nova Venécia, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Seme), concluiu na última terça-feira (26), as atividades referentes a VI Formação Continuada em Serviço da rede municipal de ensino com o segundo dia do I Seminário Municipal de Educação, que ocorreu no auditório do Instituto Federal do Espírito Santo campus Nova Venécia (IFES).
A secretária municipal de educação fez a abertura do evento que contou com a presença do representante do IFES, da presidente do Conselho Municipal de Educação de Nova Venécia, da Equipe da Seme, dos palestrantes e de todos os profissionais do ensino fundamental anos iniciais e finais.
Para a gestora, em seu pronunciamento, tudo que é desenvolvido na educação tem um único objetivo: proporcionar uma efetiva aprendizagem e um atendimento educacional de qualidade. “Quero agradecer a todos os profissionais que tanto se dedicam para ver o desenvolvimento integral de nossos alunos. A sala de aula está na escola. Tudo acontece na escola, as transformações sociais acontecem no chão da escola”, enalteceu a secretária o trabalho realizado nas unidades de ensino.
O Seminário contou também com a apresentação da Banda Marcial da EMEFTI Profª Arlene Geraldo, que abrilhantou a abertura do evento e foi muito elogiada pelos participantes.
O tema de estudos do segundo dia do I Seminário foi desenvolvido pelo consultor educacional, que tratou do “Retorno Presencial do Processo Ensino-aprendizagem e a Proposta Pedagógica: desafios e avanços”. O palestrante fez uma abordagem histórica pelas metodologias educacionais até o dias atuais, com dados e leis que foram se modificando no contexto brasileiro, focando nos resultados de avaliações externas que revelaram, durante a pandemia, a extrema desigualdade social e educacional.
A professora da EMEIEF Lourdes Scardini pontuou o que ela considerou de mais relevante na apresentação do palestrante. “As questões que impactam negativamente a educação são problemas que vêm de longos anos, mostrando o quanto é preciso um bom trabalho na base, desde a alfabetização, porque recuperar essa aprendizagem perdida, quando o aluno chega ao ensino médio, é muito mais difícil. Achei importante refletir que nem todos os problemas passam por soluções que dependem de nós, professores, há muitos fatores externos impedindo que a educação se torne de fato de qualidade, mas jamais podemos deixar de fazer tudo que está ao nosso alcance” enumerou a docente.
Assim como no primeiro dia, os professores do ensino fundamental também foram contemplados com a formação “Escola é, sobretudo, gente – Dinâmicas de cuidado (de si e do outro)”, uma parceria entre a Seme, a Faculdade Multivix e o IFES, por meio da Coordenação do Curso de Psicologia e do psicólogo do Instituto. Os psicólogos trouxeram métodos e reflexões para uma melhor qualidade de vida no que diz respeito aos aspectos comportamentais. A prática de meditação ensinada, durante a formação, pode ser usada na sala de aula, porque, com o retorno às aulas pós-pandemia, muitos profissionais da educação, assim como os alunos, podem estar adoecidos.
A avaliação de um professor que participou da capacitação foi muito positiva. “Tivemos acesso a uma prática de meditação que, com certeza, vou usar para relaxar antes de dormir. Também pretendo seguir uma nova rotina com mais leveza e priorizando meu bem-estar’, garantiu ele.
Anos iniciais em tempo integral
A equipe de profissionais da EMEFTI Bairro Altoé assistiu às palestras do Seminário pela manhã, no IFES, e, à tarde, realizou estudos sobre “Consciência Fonológica” com a fonoaudióloga da Seme na própria unidade de ensino. O objetivo da capacitação foi instrumentalizar os profissionais com conhecimentos acerca do processo de alfabetização. Segundo a fonoaudióloga, os primeiros anos do ensino fundamental são importantíssimos para o desenvolvimento da criança. “São nesses primeiros anos que se desenvolvem as capacidades de perceber as relações entre os sons e grafemas e a habilidade de manipulação dos sons da fala em componentes menores – palavras, sílabas e fonemas. Além disso, as competências fonológicas colaboram para a aprendizagem da escrita e da leitura”, explicou.
Ascom | PMNV